A dor de cabeça, ou cefaleia, é um dos tipos mais comuns de dor em todo o mundo. Estudos mostram que mais de 90% da população mundial teve ou terá pelo menos uma dor de cabeça na vida. Cerca de metade delas as tem com frequência. A dor de cabeça não é uma condição simples: há mais de 150 tipos de cefaleias catalogadas.
A divisão mais básica entre as dores de cabeça é entre as cefaleias primárias e as secundárias. As secundárias são dores causadas por uma outra doença, como tumores cerebrais, infecções ou doenças circulatórias. Já as primárias não têm nenhum outro transtorno como causa.
Há diversos tipos de cefaleia primária. Aqui, vamos abordar dois tipos muito comuns: a enxaqueca e a cefaleia tensional.
A enxaqueca, também chamada de migrânea, acomete cerca de 15% da população brasileira, sendo mais frequente no público feminino. Trata-se de uma das principais causas de falta ao trabalho: estima-se 4 dias perdidos por ano.
O fator hereditário é importante: uma pessoa cujos pai e mãe sofram de enxaqueca tem 75% de possibilidade de ter o mesmo problema. O consumo de alimentos como queijo, chocolate, café, bebidas alcoólicas, tabagismo e até mesmo a falta de sono podem desencadear uma crise.
As crises de enxaqueca são latejantes, de moderada a forte, acompanhadas de intolerância à luz (fotofobia) e a sons (fonofobia), além de náuseas e vômitos. A dor costuma piorar com atividades físicas de rotina. Geralmente, as dores acontecem de um só lado da cabeça. Entretanto, a dor é individual e essas características podem variar de pessoa para pessoa.
As cefaleias do tipo tensional costumam apresentar dor de intensidade leve a moderada, não latejante, localizada em toda a cabeça, que não piora com a atividade física. Intolerância a luz e sons são raras, assim como náuseas e vômitos.
O tratamento da cefaleia pode envolver diversas opções. Entre elas, o medicamento é um importante recurso, mas é importante esclarecer que, para isto, é fundamental procurar um médico. A auto medicação, apesar de frequente no Brasil, é um hábito muito perigoso, que pode acarretar diversas complicações.
Além dos remédios, as crises de cefaleia podem ser evitadas ou atenuadas a partir de um trabalho interdisciplinar, que envolva Fisioterapia, Terapia Cognitivo-Comportamental e Acupuntura, entre outros.