Um procedimento de fundamental importância para a Medicina da Dor recebe o nome de Bloqueio. De maneira resumida, o Bloqueio consiste em interromper impulsos sensoriais de uma região do corpo específica, diminuindo ou até eliminando por completo a dor.
Os médicos da dor contam com uma grande variedade de bloqueios para atuar em situações e contextos diversos. A maioria deles visa uma área bem específica, tendo como alvo um determinado nervo. Outros, menos específicos, visam áreas mais amplas. O exemplo mais comum deste procedimento mais abrangente é o bloqueio peridural com corticoide.
A maioria dos bloqueios incluem uma injeção de medicação, normalmente um anestésico local ou um anti-inflamatório, que interrompem os sinais dolorosos ou diminuem a inflamação na área. No caso dos bloqueios com anestésicos locais, a dose é mantida em uma pequena concentração, a fim de que somente a dor seja reduzida, mas não outras funções como o movimento dos membros.
A ação dos bloqueios varia muito conforme cada paciente e dependendo das respectivas patologias envolvidas. O efeito pode acabar dentro de horas ou semanas. Em alguns casos, o efeito de se desligar os sinais dolorosos pode durar muito mais.
Uma forma essencial de uso destas técnicas é o chamado bloqueio diagnóstico. No Singular, este recurso vem sendo chamado de “mapeamento da dor” – assim, as injeções servem inicialmente para se encontrar de maneira mais eficaz e específica o local de origem da dor. A partir desta primeira intervenção, o médico da dor pode elaborar a estratégia mais eficaz para o seu paciente.
Quando utilizado para o tratamento em si, os bloqueios podem fazer uma diferença significativa na diminuição ou até eliminação de condições dolorosas agudas ou crônicas. Um exemplo, neste caso, é o bloqueio simpático, que vem sendo utilizado no tratamento da Síndrome de Dor Complexa Regional.