Redes cerebrais hiperativas podem ter um papel fundamental na hipersensibilidade de pessoas com fibromialgia, segundo estudo publicado em janeiro no periódico Scientific Reports. O estudo foi realizado por uma equipe internacional, composta por pesquisadores da Universidade de Michigan e da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pohang, na Coreia do Sul.
O estudo analisou exames de Eletroencefalograma (EEG) de 10 pessoas com fibromialgia e concluiu que há evidências de que as pacientes com fibromialgia apresentaram configurações cerebrais indicativos de Sincronização Explosiva (SE), um mecanismo que explica a hipersensilidade em diferentes sistemas biológicos e também físicos.
Na Sincronização Explosiva, estímulos pequenos podem levar a uma intensa reação sincronizada nas redes cerebrais. Este conceito é bastante utilizado na física. Um exemplo deste fenômeno acontece quando uma breve oscilação de energia causa uma grande falha no sistema elétrico de um ambiente ou um blackout.
Ao invés do processo usual, de gradualmente diferentes centros cerebrais serem relacionados, na dor crônica, há uma tendência dessas ligações ocorrerem de maneira abrupta, explosiva, como explicam os autores do estudo.
A partir dos dados apontados nesse estudo, os pesquisadores esperam que possa ser possível o desenvolvimento de novas opções de analgesia, buscando tornar cérebros hipersensíveis em cérebros mais próximos do normal.
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