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O tratamento da dor mudou muito nos últimos 30 anos. Hoje, uma clínica que atenda pacientes com dor deve contar em sua equipe com médico de dor, enfermeira, psicólogo, psiquiatra e fisioterapia. Outros profissionais também podem dar sua contribuição no trabalho interdisciplinar. Nem todas as pessoas com dor crônica precisam consultar com todos os profissionais da equipe, mas é importante que eles estejam à disposição para quando a pessoa necessitar.

O trabalho com dor crônica exige uma relação de proximidade entre o paciente, o médico da dor e toda a equipe interdisciplinar. Por isso, é importante usar o contato que você tem com todos esses profissionais a seu favor. A maioria das pessoas ainda têm muitas dúvidas quanto à melhor forma de fazê-lo. As dicas que você lerá a seguir foram retiradas do livro “Manage your Pain”, do Dr. Michael Nicholas, em parceria com Dr. Allan Molloy, Lois Tonkin e Lee Beeston.

O tratamento de pessoas que sofrem com dores crônicas, busca ajudá-las a ter uma vida funcional e conseguir controlar a dor da melhor forma possível. Isto requer uma participação ativa do paciente e uma relação próxima dele com o médico e com a equipe de saúde. A proximidade com a equipe é importante para oferecer suporte e orientações adequadas, auxiliando o paciente neste processo. 

Um exemplo do que acabamos de dizer se refere à prática de exercícios físicos. Muitas pessoas acreditam que devem evitar atividade física por causa da dor, porém na prática, não é essa relação que vemos. Geralmente, quanto menor for a atividade da pessoa, mais se intensifica seu quadro. Porém, é claro que a atividade deve ser feita de forma responsável e adequada à cada caso. Assim, é fundamental o acompanhamento profissional de como estão sendo desenvolvidos estes exercícios. Um profissional especializado pode inclusive indicar quais são as atividades mais indicadas em cada caso.

Algumas dicas para aproveitar ao máximo a sua relação com o seu médico de dor:

 

1) Mantenha contato regular com o Médico de Dor

Sempre seja claro sobre seu quadro, com informações sobre o nível de dor, medicações e efeitos colaterais. É importante informar sobre quaisquer mudanças que você perceber. Se for consultar outros profissionais, também é importante informá-lo.

 

2) Consulte seu médico também em momentos bons Evite que suas visitas ao médico ocorram somente nos dias de muita dor ou sofrimento intenso. Dessa forma, o médico poderá apenas “apagar incêndio”, manejar a crise. Consultas médicas em momentos mais tranquilos permitem que outras áreas sejam exploradas e que haja um trabalho de prevenção de novas crises.

 

3) Faça anotações antes das consultas

Entre uma consulta e outra, vá anotando as dúvidas que aparecerem. Às vezes, na consulta, é difícil lembrar de tudo.

 

4) Lembre-se de que seu médico é humano

Há muitas alternativas para promover o alívio da dor, mas soluções rápidas e definitivas são raras. Além disso, é importante a sua participação ativa no tratamento. Não espere que o médico solucione todos os seus problemas, mas procure ver como você também pode colaborar.

 

5) Seja honesto, franco e realista

Algumas pessoas, durante uma crise tomam atitudes que não são boas a longo prazo, como tomar uma dose além da recomendada de uma medicação ou até tomar uma medicação que não foi prescrita. Seu médico precisa saber quando isto acontecer, para poder te ajudar. Lembre-se também de que não há soluções simples para a dor crônica e que muitas vezes o objetivo do tratamento não é a cura total, mas o alívio ou controle da dor.

 

6) Perceba como está o seu próprio gerenciamento da dor

Nas consultas médicas, também é importante você levar em conta como está a sua participação ativa no processo de tratamento. Compartilhe com seu médico suas conquistas, fale sobre o que você tem feito para melhorar sua condição de saúde. Reconheça os avanços.