Um artigo publicado este mês na revista PAIN - um dos principais periódicos cientíricos sobre dor no mundo - apontou que idosos que mantêm níveis altos de atividade física têm uma menor chance de desenvolver dor crônica.
Os pesquisadores da Indiana University e da Purdue University chegaram a essa conclusão ao testar o processamento da dor no Sistema Nervoso Central em 51 adultos de 60 a 77 anos. Todos usaram um aparelho de monitoramento de atividade física por uma semana.
Os sujeitos foram submetidos a dois testes: o primeiro, chamado “somação temporal, avaliou a produção ou facilitação de respostas de dor relacionadas a um estímulo doloroso repetitivo. O segundo, “modulação condicionada de dor”, analisou a inibição ou redução de respostas de dor a um estímulo doloroso.
Idosos mais ativos tiveram melhores pontuações em ambos os testes. No teste de somação temporal, idosos com maior frequência de atividade física de moderada a vigorosa tiveram escores menores de dor, indicando menos facilitação da dor. No teste de modulação os sedentários tiveram pontuação mais baixa, indicando menor inibição da dor. Mesmo os que praticavam atividades leves tiveram pontuação significativamente melhor.
Em resumo, idosos que praticam atividades moderadas ou vigorosas tiveram menos facilitação da dor. Idosos que praticam até mesmo atividades leves tiveram maior redução e inibição da dor. Os autores concluem o artigo indicando que futuros estudos devem avaliar a efetividade de programas de atividade física para reduzir e prevenir dor em idosos.
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