Anteriormente aqui neste blog, abordamos o fenômeno da alodinia, em que um leve toque pode gerar uma dor intensa. Em artigo publicado no dia 24/04 no periódico Nature Communications, cientistas afirmaram que conseguiram não só detectar as células responsáveis por este fenômeno, como também desenvolveram um tratamento que foi capaz de diminuir a hipersensibilidade.
O experimento foi realizado pelo Laboratório Europeu de Biologia Molecular, em Roma. Primeiro, os cientistas desenvolveram um químico sensível à luz que seletivamente se ligava a um tipo específico de neurônios, as células TrkB-positivas, que hipoteticamente estão relacionadas à hipersenbilidade. Depois, injetaram o químico em um pedaço de pele de rato sucetível à dor neuropática. As modificações nestas células causadas pelo químico as tornaram sensíveis à luz.
O passo seguinte do experimento foi expor este pedaço de pele dos ratos à uma luz de infravermelho-próximo. Com isso, as células TrkB-positivas se retraíram da pele e os ratos se tornaram menos hipersensíveis.
O experimento aponta uma nova oportunidade de desenvolvimento de tratamento para a alodinia. Em ratos, o procedimento foi eficaz no sentido de diminuir a hipersensibilidade, porém teria de ser repetido a cada 3 semanas. Como humanos têm ciclos maiores, este período poderia ser maior nos pacientes com dor crônica.
Líder da equipe de cientistas, Dr. Heppenstall afirmou que ainda há muito trabalho a ser feito para desenvolver um estudo deste tipo com humanos. O grupo de autores, no entanto, está confiante no potencial do procedimento e busca parceiros para desenvolver novos estudos.
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