Pesquisadores da Laval University, de Quebec, investigaram como o cérebro adapta os movimentos corporais para evitar dor após uma lesão. Os resultados da investigação foram publicados no Journal of Phisiology .
Para realizar o estudo, foram utilizados estimulação magnética transcraniana, com um esqueleto robotizado em uma interface de realidade virtual 2D e estimulação dolorosa a laser aos cotovelos dos participantes.
Participaram do estudo 30 participantes saudáveis. Um estímulo doloroso foi aplicado em determinados movimentos: metade do grupo sentiu dor nos movimentos de flexão do bíceps. A outra metade, sentiu dor nos movimentos de extensão do mesmo músculo. Os pesquisadores então mediram o link entre as áreas motoras do cérebro e o bíceps enquanto se preparavam para se movimentar.
O estudo mostrou que se o movimento de determinado músculo pode causar dor, as mensagens motoras das respectivas áreas cerebrais em direção a este músculo são reduzidas. Por sua vez, se o movimento contrapõe-se ao movimento que causaria dor, as mensagens são aumentadas.
Além disso, os pesquisadores ainda observaram que, se determinado movimento potencialmente provoca dor, o tempo de reação para realizar o movimento aumenta, porém o movimento se dá por um tempo menor. É como se o cérebro desenvolvesse uma estratégia para acabar o mais rápido possível aquele movimento.
Os autores do artigo ainda apontam que uma maior compreensão de como o cérebro aprende a associar dor a determinados movimentos é crucial para a identificação dos mecanismos que levam à cronificação das dores.
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