Pesquisadores da Universidade do Pennsylvania, nos EUA, apontaram que a fome ativa uma via neural que inibe a percepção de dor inflamatória e a resposta a ela. A pesquisa envolveu a observação de como ratos que não comeram por 24 horas respondiam a dores agudas e a dores inflamatórias de maior prazo.
Os pesquisadores identificaram que os ratos famintos responderam da mesma forma à dor aguda, porém foram menos responsivos à dor inflamatória, que envolvia sensibilização de circuitos neurais, característica bastante presente nas dores crônicas.
O próximo passo foi identificar que grupos de neurônios seriam responsáveis pelo fenômeno. Os pesquisadores chegaram aos neurônios AgRP (proteína relacionada com Agouti), um grupo de neurônios que são ativados pela fome.
Os autores do estudo afirmam que novos tratamentos para a dor crônica podem ser desenvolvidos tendo como novos alvos terapêuticos justamente estes neurônios AgRP. Ainda há um longo caminho de estudos a ser percorrido até que as pesquisas possam envolver seres humanos e alvos terapêuticos, porém um passo importante foi dado.
Para o acesso ao artigo original, clique aqui https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29570993