A dor crônica pós trauma se desenvolve ou aumenta de intensidade após uma lesão tecidual, envolvendo qualquer trauma ou queimadura. A dor pode estar localizada na área da lesão, ser projetada ou referida para outra área. Geralmente, trata-se de uma dor neuropática. A nova versão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) lista 5 subdiagnósticos para esta categoria. São eles:
1 – Dor crônica após queimadura: as lesões são geralmente causadas pelo calor, mas também podem se relacionar a eletricidade, químicos, fricção, radiação ou frio. A prevalência vai de 18 a 52% dos casos.
2 – dor crônica após lesão de nervo periférico ou central: este subdiagnóstico está classificado em duplicidade com dor crônica neuropática. Envolve dor crônica após uma lesão periférica ou lesão ao sistema nervoso central, especificamente ao cérebro ou à medula.
3 – Dor associada à lesão em chicote: trata-se de uma dor crônica que se desenvolve após uma lesão no pescoço devida a rápida aceleração-desaceleração do movimento do pescoço. São lesões comuns em acidentes automobilísticos, esportivos ou abuso físico. Nos EUA e Europa, a quantidade acumulada de lesões em chicote devido a acidentes de carro aumentou de 300 casos para 100 mil desde 1990. Excitabilidade central tem um papel central neste tipo de dor.
4 – Dor crônica após lesão musculoesquelética: se desenvolve após lesão a músculos, ossos ou articulações. Entre pacientes atendidos em clínicas de dor, representa a principal causa de 18,7% dos casos. Geralmente, o trauma envolve a coluna ou membros. Dos casos de trauma musculoesquelético, 11% desenvolvem dor moderada a severa por 4 meses.
5 – Outras dores crônicas pós-traumáticas especificadas: muitos tipos de lesões traumáticas podem levar a dor crônica. Este ítem se refere aos tipos de dor não especificados nos 4 sudiagnósticos acima.