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Novas classificações para dores crônicas pós-cirúrgicas e pós-traumáticas

dor pós cirúrgicaOs números relativos às dores crônicas pós-cirúrgicas são significativos. Dependendo do tipo de cirurgia, a incidência pode variar entre 5 a 85%. Entre 2 a 15% representam dores severas, impactando a qualidade de vida. Cirurgias como amputações, mastectomia e cirurgias para hérnia têm uma alta taxa de dores neuropáticas. Quanto às dores pós trauma, as mais comuns são lesão medular e lesão do plexo braquial. Apesar de muito comuns, tanto as dores pós cirúrgicas como as pós-traumáticas ainda são pouco reconhecidas e subdiagnosticadas, levando a tratamentos não adequados e aumento da incapacidade.

Subcategorias de dor oncológica no CID-11

dor oncológicaNa subdivisão das dores relacionadas ao câncer estão as dores causadas especificamente pelo tumor primário ou por metástases.

A expansão de tumores causa lesão tecidual e a liberação de mediadores inflamatórios. Além disso, o câncer também pode comprimir ou destruir algum nervo, resultando em alterações neuropáticas. No CID-11, a dor oncológica crônica pode ser subdivida nos seguintes itens:

Nova classificação para dor crônica oncológica no CID-11

classificação dor oncológica

Nos últimos anos, a prevalência de câncer tem crescido. Há estimativas de que em 2020 haja 17 milhões de casos novos da doença no mundo. Destes, 66% devem sobreviver por pelo menos 5 anos e 40% estarão vivos mais de 10 anos após terem sido diagnosticados. A dor é o sintoma mais comum do câncer e continua sendo mesmo após o tratamento da doença. Entre 33 a 40% dos pacientes que se curam do câncer têm dor crônica. Em pacientes com a doença avançada, em fase terminal, pelo menos 55% terão dor de intensidade moderada a severa.