Tendinites e lesões ortopédicas crônicas muitas vezes podem ser curadas sem a necessidade de cirurgia. Avanços tecnológicos permitiram o desenvolvimento de recursos para o tratamento de casos que até alguns anos atrás eram considerados sem solução. A Terapia por Ondas de Choque (TOC) é indicada para pacientes crônicos que não tiveram sucesso com métodos tradicionais de tratamento.
Segundo estudos atuais, seu índice de eficácia chega a 85% dos casos. Neste post você poderá saber mais sobre este método que vem revolucionando o tratamento de diversas patologias.
A Terapia por Ondas de Choque se baseia em ondas de energia acústicas que estimulam o regeneramento do tecido e ativam os mecanismos de defesa do corpo. Ao contrário do que alguns pensam o tratamento não é elétrico: um gerador emite ondas sonoras que se somam e se concentram em um ponto à sua frente, proporcionando um efeito biológico em patologias profundas que requerem maior concentração de energia.
As ondas sonoras já eram bastante utilizadas na Urologia e recentemente passaram a atuar também na Medicina da Dor a partir do desenvolvimento de recursos tecnológicos próprios para este fim. Com isso, tornou-se um excelente método não-invasivo, que não a internação do paciente.
A Terapia por Ondas de Choque é indicada em diversos casos, como calcificações em tendões nos ombros; epicondilites do cotovelo (Tennis elbow); pseudoartroses, dores musculares e bursite trocanteriana, entre muitos outros. Trata-se de um recurso importante nos casos em que os métodos convencionais falharam.
Nos casos de tendinopatias, o protocolo costuma envolver de uma a três sessões. Já para pontos gatilho são necessárias de 3 a 10 sessões com intervalos de 2 a 10 dias. No entanto, o número e intervalo de sessões é decidido pelo médico, levando em conta as necessidades de cada caso. Os procedimentos duram de 20 a 40 minutos e não necessitam nenhuma preparação especial.
Há algumas contra-indicações para a Terapia por Ondas de Choque, entre elas: tumores músculo-esqueléticos, infecções no local, gravidez, distúrbios da coagulação sanguínea, ossos em crescimento e uso de marcapasso.
O surgimento da Terapia por Ondas de Choque aconteceu a partir de um fato curioso: observou-se que durante a II Guerra Mundial, os marinheiros nadadores, expostos à explosões de bombas, apresentavam internamente sinais de regeneração celular. Tais sinais foram atribuídos a ondas de choque propagadas dentro da água. Assim começaram as pesquisas sobre o novo método de tratamento.
Há três principais formas de ação na Terapia por Ondas de Choque. A ação mecânica acontece a partir da formação de microbolhas que eclodem, fragmentando a calcificação. A ação analgésica decorre de um intenso estímulo local, liberando enzimas que atuam na fisiologia da dor. A ação vascular se relaciona à provocação de microvasos que melhoram a irrigação e a oxigenação local e à reabsorção dos depósitos calcáreas ou cicatrização tecidual.