A nova versão do Código Internacional de Doenças (CID-11) define dor crônica neuropática central como uma dor crônica que é causada por lesão ou doença do Sistema Nervoso Central Somatossenssorial, ou seja, na medula ou no cérebro. No novo código, ela é dividida em 5 subdiagnósticos. Vejamos quais são eles:
1 – Dor crônica neuropática central associada com lesão medular: neste subtipo, a dor é causada por lesão ou doença nas vias somatossensoriais da medula. A dor pode ser espontânea ou evocada, como resposta aumentada a estímulos dolorosos (hiperalgesia) ou não dolorosos (alodinia).
2 – Dor crônica neuropática associada a lesão cerebral: a dor neste caso é causada por uma lesão ou doença no córtex somatossensorial, em regiões cerebrais conectadas ou em vias associadas. Para o diagnóstico, é necessário haver uma história de trauma plausível, início de dor com relação temporal com o trauma e distribuição da dor neuroanatomicamente plausível. Sintomas ou sinais sensoriais também devem estar presentes na região corporal correspondente.
3 – Dor crônica central pós AVC: trata-se de uma dor causada por uma lesão cerebrovascular, infarto ou hemorragia do cérebro ou do tronco cerebral. A dor pode ser espontânea ou evocada (hiperalgesia ou alodinia). Para o diagnóstico, é necessário ter havido um Acidente Vascular Cerebral, com distribuição neuroanatomicamente plausível da dor.
4 – Dor crônica causada por esclerose múltipla: lesões de regiões e vias cerebrais causadas pela esclerose múltipla podem gerar dor crônica, que pode ser espontânea ou evocada (hiperalgesia e alodinia). O diagnóstico requer um histórico de esclerose múltipla e distribuição neuroanatomicamente plausível da dor.
5 – Outras dores crônicas neuropáticas centrais especificadas ou não especificadas: este subdiagnóstico abrange todas as dores crônicas neuropáticas centrais que não estão listadas aci