De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 30% da população mundial sofre com algum tipo de dor crônica. Entre elas estão as que atingem a região lombar, as articulações, a face, a boca, o pescoço.

As dores de cabeça em geral e as enxaquecas também são frequentes. Em todos os casos, a qualidade de vida pode ser gravemente impactada.

A dor passa a ser uma companheira da pessoa, e muitas vezes a impede de realizar atividades cotidianas, além de interferir em questões orgânicas, há componentes psicológicos que podem ser determinantes no surgimento e na manutenção daquela dor.

Por isso, no artigo de hoje, vou te explicar como diferenciar a dor aguda da dor crônica e falar da importância de um tratamento humanizado e especializado no manejo da dor.

Cada paciente percebe a dor de uma forma, ela não é igual para duas pessoas. Um tratamento pode funcionar bem para um paciente, mas não fazer efeito em outro. Ao paciente, cabe saber diferenciar a dor crônica, que pode ser a própria doença a ser tratada, da dor aguda, que é o sintoma de uma doença.

O que é dor aguda?
● Serve como alerta para o organismo de que algo não está bem. É um sintoma, uma reação.
● Dura um tempo determinado, geralmente menos de três meses, não é contínua ou regular e surge de repente.
● Como é o indicador de diversas doenças, não há tratamento único, é preciso curar a enfermidade que causa dor.

Exemplos: alguma pancada ou acidente que deixa o corpo machucado (como bater em uma porta, por exemplo); pedra nos rins; dor forte no peito, que pode indicar um infarto; dificuldade na respiração, que pode ser causado por uma pneumonia.

 

O que é dor crônica?
● Pode ser sintoma de doenças existentes ou não ter qualquer causa demonstrável em exames, sendo, portanto, a própria doença.
● É mais duradoura, pode ser contínua, ter períodos regulares ou crises intermitentes, com duração superior a três meses.
● Além de medicação prescrita por médico, geralmente com analgésicos, é comum necessitar de antidepressivos, pois a dor atinge o lado psicológico do paciente, já que o imobiliza ou afeta o cotidiano. É preciso um tratamento não apenas com remédios, mas com uma equipe multidisciplinar que estude as causas físicas e psicológicas da dor.

Exemplos: dor na coluna, lombar, alguns tipo de dor de cabeça (enxaqueca), dor do câncer, dor pós-AVC, do nervo ciático, entre outros.

 

Como lidar com a dor crônica?
A dor tem muitas faces. Pode ser pulsátil, contínua, cortante, difusa e até perfurante. A diferenciação destas formas diversas de manifestação é crucial para o tratamento, pois providencia pistas acerca da causa da dor e do local onde tem origem.

Antes de poder ser realizado um diagnóstico, todas as causas orgânicas, isto é, todas as causas fisicamente detectáveis, devem ser primeiramente excluídas. Para o doente, isso costuma significar frequentemente um percurso longo e frustrante até ao diagnóstico correto e, assim, um longo percurso até ao tratamento da dor.

Mas isso não precisa ser assim. Para lidar com as dores, sejam elas agudas ou crônicas, existe o médico especialista da dor. Ele é o responsável por prescrever tratamentos alternativos que podem ajudar você a passar por isso de forma tranquila e sem sofrimento, como deve ser.

Além disso, a avaliação de um médico especialista da dor garante que sejam descartadas as causas mais severas e seja realizado o diagnóstico correto, e assim iniciar o tratamento adequado para a situação.