Muitas vezes, aspectos afetivos/psicológicos contribuem para agravar ou desencadear quadros dolorosos. Por outro lado, a dor frequentemente tem um efeito devastador na vida da pessoa, levando a sofrimento e incapacidades, interferindo no seu bem-estar fisiológico, emocional, social e espiritual. Podemos ilustrar esta relação como uma via de mão dupla: a dor afeta diversos aspectos psicológicos e os aspectos psicológicos afetam a vivência da dor.
Estudos indicam que a avaliação psicológica é fundamental para todo paciente que sofre de dor crônica. Seu principal objetivo é verificar como a dor pode estar afetando a vida do paciente e identificar que fatores da vida do paciente podem estar afetando a sua experiência dolorosa.
A avaliação psicológica pode apontar estratégias terapêuticas que reduzam disfunções, incapacidades e a percepção da dor. Uma intervenção a partir daí pode contemplar orientação para reeducação psicossocial, terapia comportamental cognitiva ou tratamento médico/psiquiátrico com resultados importantes como:
- alívio da ansiedade
- fortalecimento emocional para o enfrentamento adequado com relação à crise da doença e reorganização familiar
- abertura da comunicação entre o paciente, familiares e equipe com estabelecimento de canal para expressão e reflexão sobre a dor e sofrimento.