Um estudo publicado no Scandinavian Journal of Pain mostrou uma correlação positiva nos níveis de tolerância de dor entre jovens amigos. O estudo foi realizado na Noruega com mais de mil adolescentes.
Cada adolescente sujeito da pesquisa foi convidado a indicar cinco amigos. Os pesquisadores então mediam os níveis de tolerância à dor através de um teste específico que consistia em verificar a quantidade de tempo que o sujeito conseguia manter a mão em um balde com água em uma temperatura de 3ºC.
O estudo apontou dentro dos grupos de amigos, houve uma tendência a níveis similares de tolerância. Uma análise posterior mais aprofundada revelou que este efeito esteve presente nos grupos de meninos especificamente, mas não nas meninas.
Para explicar tal efeito, os autores indicaram a duas hipóteses: a primeira possibilidade é que amigos tenham estilos de vida parecidos, o que influenciaria a sensibilidade à dor. Uma segunda hipótese dos autores se refere à pressão dos pares, com os adolescentes relatando aos amigos o tempo que fizeram e isto influenciar a performance dos demais.
De qualquer forma, o estudo indica a influência de fatores sociais sobre a tolerância à dor. Os autores ainda apontam a importância de programas de dor levarem em conta também os aspectos sociais para se promover um melhor tratamento.
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