A fibromialgia é uma doença silenciosa e não detectável em exames laboratoriais. Por causa disso, muitas vezes o portador sofre em dobro: além de sofrer com as dores em todo o corpo, também sofre com a descrença e desconfiança de quem está ao seu redor, que, não raro, duvidam da legitimidade da condição. Sim, é triste mas isso realmente acontece com frequência, há muitas pessoas que duvidam que os sintomas sejam verdadeiros, mas isso não invalida quem sofre com fibromialgia.

Mulher Fibromialgia

A fibromialgia muitas vezes é encarada como um transtorno apenas psicológico, mesmo quando, na verdade, as dores constantes são a verdadeira causa da depressão no doente.

Mais frequente entre mulheres jovens ou de meia-idade, o distúrbio se caracteriza por sensibilidade e dores persistentes no corpo todo. A fibromialgia é uma doença silenciosa e de difícil diagnóstico e que deve ser levada a sério. Por isso, hoje venho falar um pouco mais sobre essa doença tão estigmatizada.

 

Quais os sintomas da fibromialgia?
O sintoma mais característico da fibromialgia é a dor difusa pelo corpo. Geralmente, o paciente tem dificuldade de dizer quando começou a dor, se ela começou em um determinado lugar e depois se alastrou ou se já começou no corpo todo.

É comum que a pessoa sinta mais dor no final do dia, mas pode haver também maior sensibilidade pela manhã. A dor é sentida “nos ossos” ou “na carne” ou ao redor das articulações.

Existe uma maior sensibilidade ao toque, e por isso, muitos pacientes não toleram ser nem abraçados.

Outros sintomas comuns são:

 

Fadiga: pessoas que sofrem com essa síndrome acordam já se sentindo cansadas, mesmo que tenham dormido por bastante tempo. O sono costuma ser constantemente interrompido por causa da dor, e muitos pacientes apresentam outros problemas relativos ao sono, como apneia, insônia e síndrome das pernas inquietas
Problemas de memória e de concentração
Dor de cabeça ou enxaqueca, dor pélvica e dor abdominal sem causa identificada
Dificuldade em se concentrar, prestar atenção e focar em atividades que demandem esforço mental
Dormência e formigamento nas mãos e nos pé
Redução na capacidade de se exercitar.

O que causa a fibromialgia?
Não existe ainda uma causa única conhecida para a fibromialgia, mas já sabemos algumas pistas do porquê as pessoas têm esta síndrome. Os estudos mais recentes mostram que os pacientes com fibromialgia apresentam uma sensibilidade maior à dor.

A fibromialgia pode aparecer depois de eventos graves na vida de uma pessoa, como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave. O mais comum é que o quadro comece com uma dor localizada crônica, que progride para envolver todo o corpo.

O motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvem fibromialgia e outras não ainda é desconhecido, mas existem vários fatores que estão frequentemente associados a esta síndrome. Confira:

 

Genética (a fibromialgia é recorrente em pessoas da mesma família, o que pode ser um indicador de que existem algumas mutações genéticas capazes de causar a síndrome)
Infecções por vírus e doenças autoimunes
Distúrbio do sono, sedentarismo, ansiedade e depressão
Trauma físico ou emocional

Como tratar a fibromialgia?
Infelizmente, não existe um tratamento específico para a síndrome. O que se faz é minimizar os sintomas, melhorando a condição de vida do paciente em geral. Para isso, um médico especialista no manejo da dor é o profissional mais capacitado para aumentar a qualidade de vida e lidar com o paciente. Isso porque cada pessoa terá indicações específicas de ações à serem realizadas, bem como de medicamentos receitados.

Alguns tratamentos não-farmacológicos que tem funcionado em pessoas com a síndrome são: apoio psicológico, exercícios físicos com baixo impacto, dieta balanceada, acupuntura. Com um tratamento bem sucedido, haverá alívio da dor, melhoria da qualidade do sono, restabelecimento do equilíbrio emocional e melhorias no condicionamento físico, reduzindo a fadiga.

 

Portanto, não fique adiando a resolução desse problema que traz tanto sofrimento. Fibromialgia não é uma sentença de dor para o resto da vida.