A dor lombar é extremamente prevalente: 84% das pessoas apresentam pelo menos um episódio de lombalgia na vida. A dor na região lombar é a maior causa de faltas ao trabalho no Brasil.Também é o maior motivo de incapacidade em indivíduos com mais de 45 anos.
A lombalgia pode ter causas diferentes. Diversos aspectos podem levar a um quadro de dor na região lombar da coluna, entre eles, a obesidade, o sedentarismo, falta de condições ergonômicas no trabalho, problemas posturais e fatores psicossociais. Além disso, ela pode ser causada por doenças como artrose, osteoporose, metástases tumorais e espondiolistese, entre muitas outras.
A região lombar é uma área muito importante da coluna vertebral, pois dá apoio estrutural e também flexibilidade ao corpo humano. Ela é formada por cinco vértebras, entre as quais situam-se os discos intervertebrais.
Quando a lombalgia se origina de uma doença sistêmica, alterações degenerativas, infecções, neoplasia, trauma ou deformidade estrutural, recebe o nome de "lombalgia específica". Quando não se encontram alterações morfopatológicas, recebe o nome de "lombalgia inespecífica".
Entre as lombalgias inespecíficas, está a dor discogênica, ou seja, a dor que tem origem no disco intervertebral. O disco intervertebral funciona como um "amortecedor" das vértebras. Ao longo do tempo, essa estrutura vai se degenerando, podendo causar dor.
Outra lombalgia inespecífica é a dor facetária lombar, que se refere à degeneração das facetas. As facetas são pequenas articulações que conectam as vértebras. Outros exemplos de lombalgia inespecífica são a dor na articulação sacro-ilíaca e as síndromes miofasciais.
Na maioria dos casos, a dor lombar se resolve com a associação de algumas medicações específicas e fisioterapia especializada. Esta combinação é chamada de tratamento conservador. Ao contrário do que grande parte das pessoas pensa, a cirurgia para dor lombar é necessária em um número muito pequeno de casos. Mesmo nos casos em que o tratamento conservador falha, a Medicina Inetervencionista da Dor conta com diversas opções de procedimentos minimamente invasivos, que conseguem evitar a ciurgia.
Nos casos mais complexos, o grande desafio do tratamento é descobrir a origem da dor. Para isto é preciso realizar um diagnóstico preciso. O bloqueio diagnóstico é um procedimento essencial para a Medicina Intervencionista da Dor, pois através dele é possível determinar a origem da dor. A partir daí, o médico intervencionista da dor poderá escolher o tratamento adequado para cada caso. Dependendo dos achados no boqueio diagnóstico, algumas opções podem ser radiofrequência, bloqueio peridural, epiduroplastia, infiltrações ou proloterapia, entre outros procedimentos.
Além do tratamento visando os aspectos físicos da dor lombar, os aspectos emocionais também devem ser levados em conta na avaliação da dor lombar. Em alguns casos, a dor pode estar relacionada a problemas relacionados ao estresse, por exemplo. Nesses casos, uma avaliação psicológica pode contribuir muito com o entendimento e o prognóstico de cada caso.