PRP é uma sigla para o termo "Plasma Rico em Plaquetas". Trata-se de uma técnica que usa fragmentos celulares e células para acelerar a regeneração de uma área lesionada. É um procedimento simples e de custo relativamente baixo, que tem sido usado em diversas áreas como Ortodontia, Cardíaca e Plástica. Na Ortopedia, seu uso começou na década de 90.
No processo natural de cicatrização, o corpo envia muitas células ao local lesionado, entre elas as plaquetas, que estimulam a regeneração celular. O PRP aumenta a quantidade de plaquetas no local de lesão, otimizando o processo de cicatrização.
O procedimento começa com a coleta do sangue do paciente. As etapas posteriores envolvem a centrifugação do sangue coletado e a separação de um concentrado de plasma rico em plaquetas. Este concentrado é, então, aplicado à área lesionada.
A terapia com PRP tem dois principais objetivos: melhorar a dor e acelerar a cicatrização das lesões. Estudos científicos e a prática clínica mostram que o procedimento é muito eficaz, promovendo na grande maioria dos casos um retorno dos pacientes a suas vidas normais. Exames de ultrassom e ressonância magnética mostram a reparação tecidual após o tratamento. Muitas vezes, reduz-se a necessidade de cirurgias.
Como o PRP é preparado a partir do sangue coletado do próprio paciente, não há reações alérgicas ou imunogênicas. A técnica tem sido amplamente abordada em diversos congressos no Brasil e no exterior, com mais de 6 mil referências em estudos publicados no PUBMED.
Como contra-indicações, podemos apontar pacientes com doenças sanguíneas, como plaquetopenia ou trombocitopenia; em uso de anti-inflamatórios, corticoides e anti-coagulantes; em tratamento quimioterápico e em controle de doenças neoplásicas.
Existem limitações ou possíveis falhas no tratamento com PRP. Alguns critérios de inviabilidade são: doenças osteoarticulares degenerativas em grau elevado com deformidade importante de eixo, alto grau degenerativo da cartilagem articular, doenças por deposição de cristais como a gota, doenças reumáticas e auto imunes, algumas lesões de alta gravidade e deformidade adquiridas, excesso de peso aliado a doenças osteoarticulares e alterações metabólicas importantes. O índice de falha gira em torno de 20% e depende de um critério rigoroso de indicação da técnica.