Estudos indicam que as dores no joelho atingem de 20 a 30% das pessoas com mais de 65 anos. Em muitos casos, o tratamento conservador não tem uma resposta adequada. A Radiofrequência Resfriada é considerada uma alternativa segura e eficaz para estes casos. No Singular, o procedimento tem sido utilizado desde janeiro deste ano, com resultados surpreendentes.
A Radiofrequência Resfriada promove o bloqueio da dor ao queimar os nervos geniculares, que ficam ao redor da articulação do joelho. Com a ajuda de uma câmera acoplada a um aparelho de raio x, o médico tem a localização exata do local a ser tratado. Com o bloqueio, interrompe-se a transmissão de sinais de dor ao cérebro. Dr. Fabrício Dias Assis, médico de dor do Singular, explica: “A fonte de calor produzida chega a 80˚C e é colocada diretamente no alvo por meio de agulha. O paciente é anestesiado no local e fica levemente sedado. O procedimento costuma demorar cerca de meia hora e não há necessidade de uma internação. A alta acontece uma ou duas horas depois de terminado o procedimento.
A Radiofrequência Resfriada utiliza corrente elétrica para emitir calor. A diferença entre ela e os outros tipos de radiofrequência - convencional e pulsátil - é que a resfriada conta com um gotejamento de soro com íons na ponta da sonda que amplia em até oito vezes o volume de calor produzido. Dessa forma, é possível obter melhores resultados em nervos anatomicamente variados e de tamanho maior.
O procedimento é uma alternativa à cirurgia e aos tratamentos conservadores, como a fisioterapia e os medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios. “Aqueles pacientes que não querem ou não podem passar pelo processo cirúrgico ou que já passaram, mas ainda sentem dor, têm na radiofrequência uma possibilidade real de melhora”, ressalta Dr. Fabrício. O alívio pode ser sentido imediatamente após o procedimento, mas seus resultados são ainda mais positivos um mês após a realização.
Estudo
Um estudo sobre a Radiofrequência Resfriada realizado na Unidade de Clínica San Carlo de Paderno Dugnano, em Milão, na Itália, publicado este ano, mostrou que as queixas dos pacientes em relação as dores diminuíram significativamente um mês após o tratamento e que houve melhora também da autonomia na vida diária dessas pessoas. Nenhum dos pacientes observados apresentou complicações como infecções, hemorragia ou perda de controle motor e sensorial nas áreas atingidas.